segunda-feira, 6 de abril de 2009

Idílio

O som do silêncio
explodia lá fora.
Deserto,
o concreto urbano
as observava.

Despidos de gente,
pele em cor
digitais em teia
pêlos em tecido:
corpos costuravam calor.

Com a língua,
pintavam nos lábios
uma
da outra
a tela de luz
onde se embalava
o desejo.

Até que veio
a última ponta do fio
e a última gota de tinta.
O silêncio do som.

Priscila Santos

Um comentário:

  1. olha q incrível eu tb tenho umas poesia chamada Idílio!!
    sou pessíma com títulos mas esse acho q cai bem em qqer ocasião !! adorei o seu Idilio.
    esse é o meu

    vou publicar ela em sua homenagem!!

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